Criada em 2015 no Brasil, a iniciativa é organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e hoje é considerada a maior mobilização antissuicídio do mundo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, o que representa uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, o cenário também é preocupante: mais de 14 mil pessoas tiram a própria vida anualmente, um número que reforça a urgência do debate.

A importância de falar sobre saúde mental

O suicídio, muitas vezes, está associado a transtornos mentais como depressão, ansiedade e uso abusivo de álcool e drogas, mas também pode estar ligado a fatores sociais, emocionais e econômicos. Apesar de ser uma questão de saúde pública, o tema ainda é cercado por tabus, o que dificulta a busca por ajuda.

Especialistas reforçam que abrir espaço para o diálogo é fundamental. “O silêncio só aumenta o sofrimento. Quanto mais falarmos sobre saúde mental, mais pessoas se sentirão encorajadas a procurar apoio”, destaca a ABP.

Como ajudar

A campanha incentiva a população a estar atenta aos sinais de alerta em pessoas próximas, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, falas sobre desesperança ou falta de sentido na vida. Nessas situações, é essencial oferecer apoio, escuta sem julgamentos e, se necessário, encaminhar para atendimento médico ou psicológico e todos os municípios brasileiros contam com serviços especializados, então basta procurar a unidade básica de saúde mais próxima e solicitar o atendimento. 

Também existe o CVV (Centro de Valorização da Vida) é um dos principais canais de apoio emocional no Brasil. O serviço é gratuito, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e pode ser acessado pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

Um mês, uma causa

Durante todo o mês, prédios públicos, escolas, hospitais e monumentos em várias cidades brasileiras são iluminados de amarelo, em um gesto simbólico que reforça a mensagem de que a vida deve ser valorizada.

O Setembro Amarelo é, acima de tudo, um convite à empatia e à solidariedade. A campanha lembra que a prevenção começa com pequenas atitudes, como ouvir, apoiar e oferecer ajuda. Afinal, falar pode salvar vidas.